O que é Geologia Estrutural?
A Geologia Estrutural é uma área do conhecimento com aplicação em diversas áreas da engenharia, isso porque em algum ponto ou de alguma forma as obras precisam se apoiar no terreno ou vão interagir com feições naturais.
Por ser tão “visual” e “geométrica” quase todos os geólogos se sentem confiantes e à vontade para descrever as estruturas observáveis em imagens de satélite, afloramentos, amostras de mão ou testemunhos de sondagens.
Entretanto, todo cuidado é necessário quando o resultado da descrição e interpretação geológica for ser utilizado como base para projetos de obras de alto valor ou grande porte.
As estruturas geológicas têm íntima associação com o fluxo de água subterrânea e características próprias de resistência, portanto, sua compreensão é fundamental na estabilidade das escavações. O entendimento da geologia estrutural ajuda a planejar e gerenciar todos os aspectos do ciclo de uma obra/ mineração. As principais interfaces são:
• Exploração/Investigação (orientação das sondagens);
• Estimativa de recursos (limites físicos/domínios);
• Estabilidade de taludes (Hidrogeologia e Geotecnia);
• Desmonte de rochas;
• Controle de teor (Grade Control);
• Plano de lavra.
Para que serve a geologia estrutural?
A geologia estrutural é utilizada como ferramenta de modelagem em subsuperfície, de forma a reduzir os riscos associados a escavações e fundações. Dessa maneira, o profissional da área deve fornecer dados objetivos e relevantes para as obras em questão, assim como deve traduzir conceitos geológicos para engenheiros e detectar problemas em potencial que possam afetar a segurança ou viabilidade financeira de uma obra ou empreendimento.
Alguns exemplos de riscos associados ao entendimento de geologia estrutural são:
- Risco de Geologia: O minério projetado está fora do lugar?
- Risco Geomecânico: Fundação rompendo segundo um plano de fraqueza não previsto?
- Risco Hidrogeológico: Onde perfurar para locar um poço e conseguir rebaixar o lençol freático de forma eficiente?
Para reduzir os riscos é necessário melhorar ou demonstrar o entendimento geológico, integrando:
- Mapeamento de afloramentos;
- Descrição de sondagens;
- Uso de sondagens orientadas;
- Sondagem em número e espaçamento suficientes;
- Geofísica;
- Litogeoquímica;
- Petrografia;
- Modelagem tridimensional etc.
Portanto, para início de atuação na área, pressupõe-se que o profissional consiga diferenciar estruturas primárias (magmáticas ou sedimentares) de estruturas geradas por eventos tectônicos subsequentes à formação da rocha.
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